A boa performance de uma organização depende da correta execução do planejamento estratégico a ser realizada pelo time de management, que possui obrigações de tocar o dia a dia das operações ao mesmo tempo que implementa novas iniciativas de negócio que constroem o futuro do negócio: novos processos, novas tecnologias, novas estratégias.

Segundo Bernardo Cavour, sócio da Flow Executive Finders, os lucros e prejuízos das empresas estão diretamente ligados à atuação do management nas oportunidades e ameaças que surgem a cada dia em um mundo em transformação. “Com isso, escolher as pessoas chave que terão essa missão se torna um exercício cada vez mais crítico para perpetuar empresas. Seja em uma empresa madura ou uma startup”, afirmou.

Mas, qual o órgão da organização é capaz de avaliar esse desempenho?

Para o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), o Conselho de Administração é o órgão colegiado encarregado do processo de decisão de uma organização em relação ao seu direcionamento estratégico. Cabe a seus integrantes decidir os rumos estratégicos do negócio, conforme o melhor interesse da organização, monitorar o management, e atuar como um elo entre a companhia e os acionistas.

Elencamos, abaixo, quatro desafios dos conselheiros de administração na condução da avaliação do management.

1 – Entender os novos desafios do negócio

Em um contexto de mercados e mundo em transformação, cabe ao conselho de maneira crescente o papel de liderar a reflexão estratégica do negócio saindo das análises mais óbvias de riscos e ameaças de curto prazo e buscar as oportunidades de inovar e ‘disruptar’ ou reconhecer antecipadamente os riscos de ser inovador.

2 – Alinhar prioridades da estratégia

Novos planos estratégicos, trazem dualidades de objetivos de curto e longo prazo que precisam estar bem alinhados para que o management tenha um guidance claro do que deve focar. Dualidades conflitantes de objetivos são o principal motivo de impacto na performance de CEOs.

3 – Escolher o management para liderar o novo ciclo da empresa

Avaliar de maneira pró ativa a capacidade futura do management atual considerando as mudanças geradas pelas necessidades futuras do negócio comparando com a referência de benchmarks de candidatos externos já experimentados no ciclo novo que management interno ainda não vivenciou.

4 – Talent management, desenvolvimento, sucessão e integração

O plano estratégico de uma empresa pode mudar do dia para a noite, já a sua capacidade do management executá-lo não. Seja qual for a configuração do C-level, com candidatos internos, sucessões internas ou contratações externas, montar estratégias para impulsionar seu desempenho é chave.