Por que a Anitta é o assunto da coluna? Porque ela acaba de entrar para o Conselho de Administração do Nubank
Por Luiz Gustavo Mariano
Ela nasceu na zona norte do Rio de Janeiro e teve uma infância humilde, depois treinou e se dedicou para atingir o objetivo profissional e conseguiu construir uma carreira sólida e muito bem-sucedida. Para completar, fala três línguas e tem habilidade para fazer a gestão de um time grande.
Estou falando sabe de quem? Da Anitta. Para mim, é uma máquina empreendedora que soube criar e fazer crescer um produto – ela mesma.
E por que a Anitta é o assunto da coluna? Porque ela acaba de entrar para o Conselho de Administração do Nubank. Ela é a sétima integrante do grupo.
Em um comunicado, o banco afirma que a cantora vai ajudar a melhorar os produtos e serviços da companhia e que vai participar de reuniões trimestrais com a diretoria, em que vão discutir estratégias de atuação.
“Anitta tem profundo conhecimento do comportamento dos consumidores nesses mercados que tem explorado e tem muita experiência em estratégias de marketing vencedoras. Essas competências foram chave para a convidarmos para o Conselho”, disse David Vélez, CEO do Nubank.
Foi uma tacada de mestre do banco – e ousada, não apenas pelo talento da Anitta, mas também porque ela tem uma personalidade forte como todo e qualquer empreendedor que se fez sozinho. Tema esse muito debatido quando um fundo adquire parte de uma empresa por exemplo: Como será a atuação com o fundador?
É isso que a diversidade traz: diferentes origens, pensamentos, expertises e vivências. A Anitta vai levar para a companhia o ambiente em que ela transita. É uma oportunidade para o banco chegar a potenciais clientes e consumidores, gente que talvez não conheça a empresa, como ela funciona.
Como conselheira, ela vai apresentar aos executivos do Nubank uma realidade que poderá ser explorada comercialmente. Dada a experiência da cantora, ela vai certamente agregar uma visão empreendedora, talvez empírica e pouco estruturada, mas de alguém que realizou algo tão grande quanto o Nubank –e talvez até mais, porque não teve captação de recursos em séries A, B, venture capital etc. Ela chegou aonde chegou na raça, com muita dedicação e talento.
Se eu estivesse em uma companhia que tivesse um produto de massa, certamente adoraria ter a Anitta no meu conselho. Ainda mais em uma empresa do setor financeiro, em que bancos são vistos como vilões.
A Anitta está pra mim assim como alguns empreendedores do Brasil, que saíram do nada, em um país que nada nem ninguém te ajuda, e chegaram lá, com muito suor e dedicação.