O ano de 2023 se mostra desafiador para os executivos, independentemente do setor no qual atuam. As informações chegam a todo o momento e a ação deve ser rápida, seja por conta de uma análise do cenário macroeconômico ou cases de mercado que disparam um alerta para que os controles e regras sejam reforçados ao longo de toda a cadeia de atuação das empresas. Isso faz com que seja necessário que os líderes estejam preparados para entender o que é prioridade, em meio a tantas tarefas camufladas de necessidade. E, obviamente, sem deixar de lado a visão de longo prazo e as inovações necessárias para o sucesso do negócio e suas vertentes.
De acordo com artigo publicado por Bill Taylor, cofundador da Fast Company, para a Harvard Business Review, existem três iniciativas que podem auxiliar os executivos em sua tomada de decisão.
Gerenciamento do tempo
Estar atento às necessidades imediatas é importante para que a operação não pare e o caixa permaneça positivo, contudo, não se pode abandonar a visão de futuro a ponto de se estar resolvendo apenas o dia a dia do trabalho. Com isso, é importante ter áreas da companhia que estejam dedicadas à inovação como P&D, finanças e marketing, por exemplo, ou até mesmo criar grupos de trabalho com profissionais dessas áreas que estejam dedicados a descobrir e analisar tendências que impactariam os próximos 10 ou 15 anos. Esses grupos focais ou comitês são essenciais para que haja um “respiro” da rotina e seja possível ter um tempo para a criação. De acordo com o autor, o resultado é a criação de uma série de produtos, tecnologias e inovações de marca que elevam o desempenho da empresa.
Inteligência emocional e controle do estresse
Um líder muitas vezes carrega o papel de encontrar soluções ou atingir metas até então não alcançadas, este constante desafio pode exercer uma pressão psicológica no executivo e, em casos de falta de controle, prejudicar seu desempenho. É importante ter em mente que exercer o controle sobre todos os fluxos e processos seria impossível para aqueles que não querem instituir a cultura do microgerenciamento. Com isso, a chamada “liderança de base” pode ser utilizada no sentido de enfatizar o “poder com” e não o “poder sobre”.
Por isso, ter uma equipe diversa e preparada para assumir os desafios faz parte do processo de aliviar o estresse. Poder delegar com estratégia e ter confiança de uma entrega final com qualidade auxilia os líderes a não caírem na armadilha do microgerenciamento e possibilita que o executivo tenha tempo de pensar na estratégia e permanecer com uma mentalidade de inovação, sem se esgotar emocionalmente no processo.
Para ser líder é preciso saber liderar
Como você pode encorajar as pessoas a permanecerem otimistas quando o cenário é desafiador?
Levar o sentimento de trabalho bem-feito e até mesmo alegria para o time faz toda a diferença na hora de colher os resultados. O Institute for Healthcare Improvement (IHI) criou um programa chamado “Alegria no Trabalho”, dedicado a promover uma sensação de prazer e felicidade no ambiente profissional. Os estudos chegaram à conclusão de que “locais estressantes” geram profissionais frustrados e pouco produtivos. Ou seja, propiciar momentos de descontração e alívio da carga aumenta a produtividade e, consequentemente, auxilia na retenção e evolução de talentos dentro das organizações.
A conclusão é a de que não existe uma fórmula mágica para ser um bom líder, mas são pequenas atitudes cotidianas que podem sim diferenciar um líder mediano de um líder encantador, capaz de motivar e incentivar um time que, em resposta, trará resultados também encantadores. Como você classificarias os líderes da sua organização?