A epidemia do COVID-19 tem representado um desafio único para os líderes brasileiros. Esta é uma crise diferente de todas pelas quais estes líderes já passaram. Para apoiá-los nesta dura travessia, a FLOW analisou a experiência de 15 executivos brasileiros que ocupam posições-chave e que estão baseados em empresas na China e traz nesse artigo os principais aprendizados da China durante a crise do novo Coronavírus.
Os relatos do que estes executivos viveram neste período revelam ações e aprendizados que podem ser úteis para guiar as ações de lideranças empresariais e apoiar a construção de cenários que podem acontecer no Brasil.
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A evolução da epidemia na China e o impacto na vida das pessoas e das empresas
A China passou por um processo intenso, porém relativamente curto, para combater a epidemia de coronavírus. A epidemia explodiu no final de janeiro, na época das grandes festividades do ano novo chinês, período em que milhões de chineses viajam.
Com uma resposta muito rápida e centralizada do governo, com a obediência das empresas e pessoas às rígidas regras e procedimentos definidos e um uso massivo de tecnologia e dados, a China conseguiu, em 60 dias, entrar e praticamente sair da crise. O país executou um plano de controle de contágio muito bem-sucedido e um plano para reestabelecer minimamente as funções da economia e a normalidade da vida das pessoas.
O lockdown total durou 15 dias. Ele foi colocado em prática por meio de um decreto nacional e respeitado por todas as pessoas e empresas. Após esse período, foi iniciada uma atuação coordenada do governo com procedimentos e autorizações para a retomada gradual da economia e da vida das pessoas. Nesta etapa, o governo definiu o que deveria ser feito em todas as instâncias, chegando até às regras dos condomínios residenciais.
Atualmente a atividade econômica e a vida das pessoas estão minimamente restabelecidas na China. O nível de atividade ainda é muito abaixo dos níveis pré-epidemia, e existe a percepção de que a recuperação total será lenta, seja por questões internas da China ou pelos impactos da paralisia da economia do mundo em suas exportações.
O papel e as agendas dos líders em cada uma das etapas da crise
Até o anúncio do lockdown, a vida das pessoas e das empresas seguiam normalmente. Ninguém anteviu ou se preparou para o que ia acontecer. Por esse motivo, vamos descrever os principais impactos em cada uma das fases da epidemia e as principais agendas de atuação tomadas por estes executivos a partir do lockdown.
Lockdown: O impacto e ações tomadas pelas empresas na gestão de crise
O bloqueio na China foi muito intenso e repentino. A queda do nível de atividade em fevereiro foi forte, e ninguém sabia o que estava acontecendo. Os principais desafios dos líderes nesse momento foram lidar com:
- Surpresa
- Barreiras de circulação
- Regras de isolamento e o medo das pessoas
- Alto grau de incerteza
Pós-lockdown: Como gerenciar a retomada das operações em um novo contexto?
A liberação do lockdown foi gradual e, com isso, as empresas tiveram que lidar com mudanças importantes no mercado, seguir regras muito rígidas definidas pelo governo e superar as limitações de recursos. Esses foram os principais desafios das empresas:
- Entender os novos hábitos do consumidor
- Gerir quebras nas cadeias de fornecedores, logística e distribuição
- Adaptar as operações para incorporar novos procedimentos de saúde e segurança
- Adaptar o modelo de gestão para um contexto de isolamento
- Atuar empresarialmente de maneira coordenada em sua cadeia
Normalização e retomada: O que virá depois do controle da epidemia?
Apesar da normalização mínima do funcionamento da economia e das rotinas sociais, o ciclo de estabilização e retomada está trazendo desafios diferentes dos enfrentados na pré-epidemia:
- Entender mudanças de hábito de consumo de pessoas e empresas
- Atuar em um ambiente econômico mais incerto
- Lidar com os setores e empresas que não conseguirão sobreviver
- Cuidados para evitar a retransmissão ou importação de novos casos
Variáveis para construção de cenários para o Brasil com base na experiência do exemplo Chinês
A forma como a China conduziu o controle da epidemia tem características únicas, e nem todas tendem a ser replicadas no Brasil. Apesar disso, ela pode servir como parâmetro para a construção dos nossos cenários.
- Processo coordenado de maneira unificada pelo governo e com engajamento da população
- Adoção massiva de tecnologia e dados
- Infraestrutura logística e de e-commerce da China
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Veja o webinar que fizemos com Mateus Alencar, VP Comercial da Ambev China e Felipe Correa, COO da Perfetti Van Melle China onde exploramos os principais aprendizados e dificuldades durante o pico da crise e qual a expectativa deles para o futuro.